Seminaristas do São Pedro acusam reitor de maus-tratos

Estudantes de teologia e ex-internos do Seminário de São Pedro, único da Arquidiocese de Natal a formar padres, denunciam maus-tratos e assédio moral por parte do reitor, padre Antônio Gomes da Silva, cuja gestão iniciou-se em fevereiro deste ano. A reportagem do Diário de Natal recebeu seis denúncias por e-mail e conversou com dois ex-estudantes, que preferiram não se identificar. A assessoria de comunicação da Arquidiocese de Natal informou que o arcebispo Dom Matias Patrício não se pronunciaria sobre o assunto e que o caso seria resolvido internamente.

Segundo um dos seminaristas que fizeram a denúncia, há "um verdadeiro aborto de vocações" devido às supostas intransigências e outras medidas extremas tomadas pelo reitor. Segundo ele e outro seminarista, que saíram do seminário, mas ainda vivem o desejo do sacerdócio, 90% dos cerca de 45 internos que hoje vivem no São Pedro estão insatisfeitos. O padre teria afastado a ajuda de grupos voluntários que atuavam há anos ajudando o local e colocado câmeras espalhadas pelos corredores do seminário. "Isso nunca havia acontecido. É um absurdo, porque não estamos em um Big Brother, mas num lugar de oração", reclamou um dos estudantes que deixaram a casa.

De acordo com o outro, até a qualidade da alimentação servida no local teria caído. "Há dias seguidos em que não há sequer mistura e quem chega atrasado fica sem comer". Além disso, as outras denúncias dão conta de que o clima no Seminário de São Pedro é de tristeza e pressão psicológica. Somente em 2010, 15 seminaristas já teriam sido expulsos, número que, de acordo com um dos ex-internos, que passou sete anos na casa, era de três ou quatro nos anos anteriores. "Testes psicológicos foram aplicados e teriam atestado que a maior parte deles não estava apta para ser padre".

Diário de Natal

>>>

É uma pena que isso esteja acontecendo numa instituição tão respeitada como o Seminário de São Pedro. A Igreja Católica do RN precisa tomar as providência para uma investigação completa sobre esta matéria publicada no Diário de Natal.

Seria recomendável também que fosse levado em conta as baixarias da politicagem pelas igrejas do nosso Estado. Pelo que eu sei, diante de Deus todos os homens são iguais, mas infelizmente alguns sacerdotes não compreendem este fundamento.